Muitos povos indígenas brasileiros praticavam o nomadismo ou o seminomadismo antes da colonização europeia. Essa característica estava ligada ao seu modo de vida, à relação com a natureza e à disponibilidade de recursos.
Principais razões do nomadismo indígena:
Caça e coleta – Muitos povos ou comunidades indígenas se deslocavam em busca de animais para caçar e de frutos, raízes e outros alimentos selvagens;
Agricultura itinerante – Alguns grupos praticavam a agricultura de coivara (queima controlada para preparar o solo), mas, após alguns anos, o solo se esgotava, obrigando-os a mudar de local;
Ciclos naturais – A migração podia ser sazonal, seguindo a época de frutificação de árvores ou a movimentação de animais;
Conflitos e pressões externas – Guerras entre povos indígenas ou a chegada de colonizadores forçavam deslocamentos.
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O povo Xavante é um dos exemplos de nomadismo no Brasil antes da colonização. Hoje se concentram no leste do Mato Grosso. Foto: Folha de S.Paulo. |
Diferenças entre povos nômades e sedentários:
Nômades: Povos como os Awá-Guajá (Maranhão) e alguns grupos Xavante e Yanomami tinham grande mobilidade;
Semissedentários: Comunidades como os Tupinambá e Guaranis alternavam entre fixação em aldeias e deslocamentos periódicos;
Sedentários: Alguns povos da Amazônia, como os Tupinambás do litoral, construíam aldeias fixas, mas ainda assim realizavam expedições temporárias.
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O povo Yanomami é outro exemplo de nomadismo no Brasil antes da colonização. Hoje se concentram no nordeste do Amazonas e oeste de Roraima. |
Com a colonização e a redução de seus territórios, muitos povos indígenas foram obrigados a abandonar o nomadismo. Hoje, a maioria vive em terras demarcadas, embora alguns grupos ainda mantenham práticas de deslocamento sazonal.
Fontes:
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