domingo, 25 de fevereiro de 2024

Amazônia Azul

        Amazônia Azul é uma expressão utilizada no Brasil para se referir à vasta área marítima sob jurisdição brasileira, que se estende além do mar territorial do país. Essa área inclui a zona econômica exclusiva (ZEE) e a plataforma continental brasileira, conforme estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS - United Nations Convention on the Law of the Sea).
        A Amazônia Azul recebe esse nome em uma analogia à Amazônia terrestre, devido à sua grande extensão e importância para o Brasil em termos de recursos naturais, biodiversidade e segurança nacional. Assim como a Amazônia terrestre, a Amazônia Azul possui uma riqueza de recursos naturais, incluindo petróleo, gás natural, minerais, biodiversidade marinha e recursos pesqueiros.
      Além disso, a Amazônia Azul desempenha um papel crucial na defesa e na segurança do Brasil, uma vez que protege as fronteiras marítimas do país e abriga importantes rotas de comércio marítimo. Portanto, a expressão "Amazônia Azul" é frequentemente utilizada para enfatizar a importância estratégica e econômica da área marítima sob jurisdição brasileira e para promover a conscientização sobre a necessidade de sua preservação e uso sustentável.

A Amazônia Azul com a proposta de expansão junto a UNCLOS e os Distritos Navais*.

*Distrito Naval é uma organização da Marinha do Brasil responsável pela administração e operações navais em uma determinada área geográfica, que pode abranger uma parte específica do litoral brasileiro ou uma região marítima designada. Entre suas atribuições inclui: operações de vigilância, patrulha, busca e salvamento, entre outras, contribuindo para a segurança e defesa dos interesses marítimos do país.


Veja também o vídeo abaixo:
https://www.instagram.com/reel/C6T1l-7OQPz/?utm_source=ig_web_copy_link

O Limite Marítimo do Brasil

          O limite marítimo do Brasil é estabelecido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), que define os direitos e responsabilidades dos países em relação aos seus mares territoriais, zona econômica exclusiva (ZEE) e plataforma continental.

A divisão territorial marítima do Brasil,
a proposta de expansão da ZEE e os Distritos Navais*.
  
*Distrito Naval é uma organização da Marinha do Brasil responsável pela administração e operações navais em uma determinada área geográfica, que pode abranger uma parte específica do litoral brasileiro ou uma região marítima designada. Entre suas atribuições inclui: operações de vigilância, patrulha, busca e salvamento, entre outras, contribuindo para a segurança e defesa dos interesses marítimos do país.

       De acordo com a UNCLOS, o limite marítimo do Brasil é determinado principalmente pela extensão da sua plataforma continental, que pode se estender até 200 milhas náuticas (cerca de 370,4 quilômetros) além do litoral.
        Deve-se ter clareza que toda a reivindicações e direitos que o países exercem  sobre  a UNCLOS, predominante estão relacionados aos interesses econômicos e de segurança (soberania nacional) em segundo plano a preservação do meio ambiente marinho.
        Desta forma, foram desenvolvidas três áreas marítimas consagradas pala UNCLOS para atender e regular os interesses econômicos dos países:
  1. Mar Territorial: A zona do mar territorial se estende até 12 milhas náuticas a partir da linha de base costeira. Dentro dessa área, o Estado costeiro tem soberania plena, o que significa que ele tem o direito exclusivo de explorar e utilizar os recursos naturais, tanto vivos quanto não vivos, que estão localizados dentro do seu mar territorial.
  2. Zona Contígua: Nesta zona, que se estende até 12 milhas náuticas além do limite do mar territorial, o país costeiro tem o direito de exercer controle para fins de fiscalização aduaneira, sanitária, imigratória e de proteção ambiental. No entanto, em termos de exploração econômica, os direitos são limitados e geralmente se referem à fiscalização e regulamentação de atividades que afetam a segurança e os interesses do país costeiro.
  3. Zona Econômica Exclusiva (ZEE): A ZEE se estende até 200 milhas náuticas além do mar territorial. Dentro desta zona, o país costeiro tem direitos exclusivos para a exploração e aproveitamento de recursos naturais, incluindo recursos minerais, pesqueiros e energéticos, bem como para atividades como a construção de parques eólicos ou instalações de extração de petróleo. No entanto, é importante observar que outros países têm o direito de navegação pacífica e sobrevoo sobre a ZEE, desde que não afetem negativamente os interesses do país costeiro.

        Portanto, em todas as três zonas marítimas, o país costeiro tem direitos de exploração econômica, embora esses direitos variem em termos de extensão e soberania. É importante ressaltar que os limites marítimos podem ser objeto de disputas entre países, e essas questões são muitas vezes resolvidas por meio de negociações diplomáticas, arbitragem ou processos legais internacionais.
         No caso do Brasil, principalmente na região do Atlântico Sul, foram definidos com base em acordos bilaterais ou multilaterais, os limites marítimos com a Argentina e Uruguai e ao norte com a Guiana Francesa.

Veja no vídeo abaixo as pretensões brasileiras sobre a 
expansão da Zona Econômica Exclusiva (ZEE):


Mapa da Marinha do Brasil
indicando as áreas reivindicadas pelo país
sobre a plataforma continental.



Joviano

        "Joviano" é um termo que se refere a algo relacionado ao planeta Júpiter ou a características associadas a ele. A etimologia do termo remete ao nome do próprio planeta, Júpiter, que na mitologia romana era conhecido como "Jupiter" ou "Jovis Pater", que significa "pai Júpiter" em latim.
        Na astrofísica e na astronomia, o termo "joviano" é frequentemente utilizado para descrever características de Júpiter, como sua composição, atmosfera, luas e sistemas de anéis. Por exemplo, os planetas gasosos, como Júpiter, são frequentemente chamados de "planetas jovianos" em contraste com os planetas telúricos, que têm uma superfície sólida.

Planetas jovianos: Da esquerda para direita - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.


Telúrico

      "Telúrico" é um adjetivo que se refere à Terra, à superfície terrestre ou a fenômenos associados à Terra. O termo tem origem no latim "tellus", que significa "terra" ou "solo", e é usado para descrever algo relacionado ao planeta Terra ou à sua natureza.
        Na geologia e na geografia, o termo "telúrico" é frequentemente utilizado para descrever processos, eventos ou características da Terra, como movimentos tectônicos, vulcanismo, erosão, formações geológicas, entre outros. Por exemplo, um terremoto é um fenômeno telúrico, pois ocorre na crosta terrestre. Da mesma forma, um geólogo pode estudar formações telúricas, como montanhas, vales e planícies.
       Em outras áreas, como na astronomia, "telúrico" pode ser usado para descrever características ou influências associadas à Terra, em oposição aos elementos celestes. Assim, planetas telúricos seriam aqueles semelhantes à Terra, com uma superfície sólida, em contraste com os planetas gasosos.

Planetas telúricos do Sistema Solar.

Fronteira, Divisa e Limite

        Na geografia, os termos "fronteira" e "limite" são muitas vezes usados de forma intercambiável, mas eles têm significados ligeiramente diferentes:

Limite: Refere-se à linha que separa duas áreas geográficas distintas, como países, estados, regiões ou municípios. Pode ser uma fronteira política, como uma linha demarcada por tratados ou acordos, ou uma fronteira natural, como rios, montanhas ou mares.

Fronteira: Refere-se à área ou zona adjacente ao limite, onde ocorrem interações e trocas entre as áreas geográficas que estão sendo separadas pelo limite. As fronteiras podem incluir áreas físicas, culturais, econômicas ou políticas onde há uma interação significativa entre as regiões adjacentes.

        Portanto, enquanto o "limite" é a linha física ou política que separa duas áreas distintas, a "fronteira" é a zona ao redor dessa linha onde ocorrem interações entre essas áreas. A "fronteira" é um conceito mais amplo que inclui não apenas a linha divisória em si, mas também as áreas adjacentes (ao lado) e as relações entre os territórios separados pelo limite. O termo fronteira é amplamente utilizado quando referimos as área adjacente a linha divisória (limite ou divisa) que separam os países.


        Os termos geográficos "limite" e "divisa" são frequentemente utilizados como sinônimos para se referir à linha que separa duas áreas geográficas distintas. Ambos descrevem a linha divisória entre territórios, como países, estados, regiões ou municípios. Assim, no contexto geográfico, os termos "limite" e "divisa" são geralmente intercambiáveis e têm o mesmo significado. Eles indicam o ponto de separação entre duas áreas distintas e podem ser naturais, como rios, montanhas ou mares, ou artificiais, como linhas políticas estabelecidas por acordo entre nações ou divisões administrativas.

Resumo da formação dos limites internacionais do Brasil ao longo da história.
Veja também este VÍDEO👈 para ilustrar a dinâmica histórica de mudanças
de divisas com nossos países vizinhos.

Extensão da divisa (limite internacional) do Brasil
com os países da América do Sul.





VEJA TAMBÉM:

O LIMITE MARÍTIMO DO BRASIL👈

A TRÍPLICE FRONTEIRA👈

A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO👈
















quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Órbita Galáctica

        O movimento do Sistema Solar, incluindo a Terra e o Sol, em torno do centro da Via Láctea é conhecido como "órbita galáctica" ou "revolução galáctica". Assim como os planetas orbitam o Sol e a Lua orbita a Terra, o Sistema Solar orbita o centro da Via Láctea em uma órbita aproximadamente circular. Este movimento é parte da vasta escala cósmica em que todas as estrelas na galáxia estão em movimento ao redor de seu centro gravitacional. A órbita galáctica completa da Terra ao redor do centro da Via Láctea leva cerca de 225 a 250 milhões de anos, o que é conhecido como um "ano galáctico" ou "período galáctico".

O nosso Sol se encontra a 26.000 anos-luz do centro da Via Láctea.
Sua velocidade em torno do núcleo galáctico é de 250 km/s.





Periélio e Afélio

        Periélio e afélio são pontos da órbita de um planeta em torno do Sol. O periélio é o ponto de maior proximidade do planeta com o Sol, ou seja, é o ponto da órbita de um corpo celeste, como um planeta ou um cometa, mais próximo do Sol, enquanto o afélio é o ponto mais distante de um corpo celeste em relação ao Sol. No afélio, o planeta se move na velocidade mínima, enquanto no periélio atinge a velocidade máxima de translação. A distância entre o planeta e o Sol não é mantida constante devido ao formato da órbita (geralmente elíptica).
        Esses termos são comumente usados para descrever as órbitas dos planetas em torno do Sol, mas também se aplicam a outros corpos celestes que orbitam estrelas como asteroides e cometas.



        O periélio da Terra, que é o ponto mais próximo da Terra ao Sol em sua órbita elíptica, ocorre tipicamente em torno do início de janeiro de cada ano. Isso significa que a Terra está mais próxima do Sol nesse ponto de sua órbita. Por outro lado, o afélio, o ponto mais distante da Terra em relação ao Sol, geralmente ocorre por volta do início de julho. Esses eventos são importantes para entender variações sazonais e climáticas na Terra.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Cometa

         Um cometa é um corpo celeste composto principalmente de gelo, poeira e pequenas rochas, que orbita o Sol em uma órbita elíptica. À medida que um cometa se aproxima do Sol em sua órbita, o calor solar faz com que o gelo e outras substâncias voláteis no núcleo do cometa sublimem, formando uma nuvem de gás e poeira ao redor do núcleo. Essa nuvem é chamada de coma.
        À medida que o cometa continua sua trajetória ao redor do Sol, a pressão da luz solar e o vento solar empurram os materiais da coma para longe do núcleo, formando duas longas caudas distintas: uma cauda de gás ionizado (ou cauda iônica) e uma cauda de poeira.

O cometa NEOWISE C/2020 F3 (NEOWISE: sigla de um dos satélites da NASA que o descobriu), 
é um cometa de órbita de longo período que se tornou visível para observação a olho nu
 durante o verão de 2020. Esta foto foi retirada próximo ao monte Washington em
Mckanzie Pass (Springfield, Oregon -EUA), em 14 de julho.  

        Os cometas são frequentemente chamados de "bolas de neve sujas" devido à sua composição gelada e poeirenta. Eles são diferentes dos asteroides em termos de composição e origem, embora ambos sejam corpos celestes menores que orbitam o Sol.
        Quando um cometa se aproxima da Terra e suas partículas interagem com a atmosfera terrestre, pode resultar em um espetáculo luminoso conhecido como chuva de meteoros. No entanto, é importante notar que os meteoroides que causam chuvas de meteoros são originários dos cometas, mas não são os próprios cometas em si.

Esta imagem do núcleo do cometa Halley foi obtida pela Halley Multicolour Camera (HMC)
a bordo da espaçonave Giotto, da Agência Espacial Europeia, quando passou
a 600 km do núcleo do cometa em 13 de março de 1986.

        O cometa da foto acima é o mais famoso "aqui na Terra". Ele é conhecido por ser um dos cometas mais brilhantes e mais estudados da história. O Cometa Halley recebe esse nome em homenagem ao astrônomo Edmund Halley, que, em 1705, usou as leis da gravitação de Isaac Newton para prever que o cometa que havia sido avistado em 1682 reapareceria em 1758. Ele estava correto em sua previsão, e o cometa retornou como previsto.
        O Cometa Halley tem um período orbital de aproximadamente 76 anos. Sua última passagem próxima foi em 1986, quando foi visível a olho nu em muitas partes do mundo. A próxima visita do Cometa Halley está prevista para ocorrer em 2061/2.

A órbita elíptica do cometa Halley.





Asteroides, Meteoroides, Meteoros e Meteoritos

        É tudo a mesma coisa??? Vamos ver:

Asteroide: Um asteroide é um pequeno corpo rochoso que orbita o Sol, geralmente encontrado no cinturão de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter. Eles variam em tamanho, desde pequenos pedregulhos até corpos maiores com centenas de quilômetros de diâmetro. Os asteroides são compostos principalmente de minerais e rochas.

O asteroide Vesta é um dos maiores objetos do cinturão de asteroides entre Marte
e Júpiter e é considerado um protoplaneta. Com um diâmetro médio de
aproximadamente 525 quilômetros, Vesta é o segundo maior objeto do cinturão
 de asteroides, depois de Ceres. Ele foi descoberto pelo astrônomo
 alemão Heinrich Wilhelm Olbers em 1807 e
recebeu o nome da deusa romana do fogo e do lar.


Meteoroide: Um meteoroide é um pequeno fragmento de um asteroide ou de um cometa que orbita o Sol. Eles são geralmente menores que os asteroides e podem variar em tamanho de grãos de poeira a pedaços de rochas do tamanho de um carro. Quando um meteoroide entra na atmosfera da Terra, ele se torna visível como um meteoro.

Meteoro: Quando um meteoroide entra na atmosfera da Terra e começa a queimar devido ao atrito com o ar, ele cria uma trilha luminosa no céu, conhecida como meteoro. Isso é popularmente chamado de "estrela cadente". A luz brilhante que vemos é o resultado do calor gerado pela fricção entre o meteoroide e as moléculas de ar em alta velocidade.

        Podemos citar aqui também o bólido👈. Os bólidos são geralmente causados por meteoroides maiores que se tornam meteoros e produzem uma quantidade significativa de luz e calor devido à sua entrada na atmosfera em alta velocidade, podendo provocar até mesmo explosões audíveis na atmosfera. 

        No vídeo abaixo, este meteoro (meteoro de Chelyabinsk), pode se classificado como um bólido.


No vídeo abaixo, um bólido (mais brilhante que uma lua cheia),
tal como o meteoro de Chelyabinsk, registrado
em Portugal em maio de 2024.




Meteorito: Se um meteoroide (pedaço de uma asteroide ou cometa) entra na atmosfera "riscando o céu" (meteoro), sobrevive à passagem pela atmosfera da Terra e atinge o solo, ele é chamado de meteorito. Os meteoritos podem variar em tamanho, desde pequenas pedras até grandes fragmentos, e eles retêm informações valiosas sobre a composição do sistema solar e os processos que ocorrem nele.

Meteorito encontrado em Tucson, Arizona (EUA) em 2013.

CURIOSIDADE SOBRE METEORITOS
👇




       
        Em resumo, enquanto os asteroides são corpos rochosos que orbitam o Sol, os meteoroides são fragmentos desses asteroides que podem entrar na atmosfera da Terra, tornando-se visíveis como meteoros e, em alguns casos, atingindo o solo como meteoritos.
        Quando um asteroide atinge a Terra impactando o solo, ele é considerado um meteorito. Antes de atingir o solo, enquanto ainda está na atmosfera da Terra e é visível como uma trilha luminosa no céu, ele é chamado de meteoro. Portanto, o mesmo objeto (asteroide ou meteoroide) pode ser referido como um meteorito após o impacto e como um meteoro enquanto está na atmosfera terrestre.


E o COMETA????.... VEJA AQUI👈







sábado, 17 de fevereiro de 2024

O Sistema Solar




Você reparou que os planetas mais próximos do Sol não são gasosos e sim rochosos (terrestres/telúricos)?? Por que?? Veja no vídeo abaixo a resposta:




TUTORIAL DA APRESENTAÇÃO PARA PC: 

Clique no botão  ►APRESENTAR  acima para iniciar a apresentação;
Para ampliar a visualização da apresentação na sua tela, clique no ícone  ⤢   localizado na parte inferior direita;
Ao clicar no planeta desejado, você pode dar zoom para visualizar detalhes;
Se desejar ler as informações do planeta após o zoom, clique no texto para ampliá-lo;
Para retornar à visão geral da apresentação, basta clicar em qualquer espaço escuro nas laterais da tela e escolher um novo planeta.

PARA VISUALIZAR ESTA APRESENTAÇÃO NO SEU CELULAR,
BAIXE O APLICATIVO PREZI VIEWER





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PARA SABER MUITO MAIS SOBRE  O SISTEMA SOLAR
CLICK NO LINK ABAIXO:

CASO QUEIRA FAZER ISSO PELO CELULAR, BAIXE O ESTE
APLICATIVO SOLAR SYSTEM SCOPE EM SEU DISPOSITIVO MÓVEL
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domingo, 11 de fevereiro de 2024

Mapa Mental 17 - Tempo Geológico

 


Mapa Mental 16 - Sistema Solar


 

Apogeu e Perigeu

        Na astronomia, apogeu e perigeu são termos que descrevem os pontos mais distantes e mais próximos de uma órbita elíptica, respectivamente, especialmente quando se trata da órbita da Lua ao redor da Terra.
        O apogeu é o ponto mais distante da Terra em uma órbita elíptica, seja da Lua ou de qualquer outro objeto em órbita ao redor da Terra. Quando a Lua está em seu apogeu, está mais distante da Terra do que em qualquer outro momento em sua órbita.
        Por outro lado, o perigeu é o oposto do apogeu, sendo o ponto mais próximo da Terra em uma órbita elíptica. Quando a Lua está em seu perigeu, está mais próxima da Terra do que em qualquer outro momento em sua órbita.
        Na Lua Cheia em perigeu (ou superlua), o satélite natural da Terra aparenta ser aproximadamente 14% maior do que o normal, além de 30% mais brilhante, dependendo das condições atmosféricas do local de observação.


        Esses termos também podem ser aplicados a outros corpos celestes, como satélites artificiais que orbitam a Terra ou até mesmo planetas orbitando o Sol. O perigeu e o apogeu têm implicações importantes, especialmente em eventos astronômicos como superluas (quando a Lua está cheia no perigeu) e microluas (quando a Lua está cheia no apogeu), que podem afetar as marés e a visibilidade da Lua no céu.

Análise Etimológica 

        Os termos astronômicos "perigeu" e "apogeu" têm suas origens em raízes gregas que explicam a relação entre corpos celestes e a Terra. A palavra "apogeu" deriva da união de "apo", que significa longe e "geo", que se refere à Terra, significando, portanto, "longe da Terra". Já "perigeu" é formada pela combinação do prefixo "peri-", que denota proximidade, com "geo", que, como mencionado, representa a Terra em grego. Assim, "perigeu" tem o significado literal de "próximo à Terra". Essa análise etimológica revela como esses termos astronômicos são construídos a partir de elementos linguísticos gregos para descrever a posição relativa dos corpos celestes em relação ao nosso planeta.

PERIGEU: perto da Terra
APOGEU: longe da Terra



Fontes:
https://oasa.centrosciencia.azores.gov.pt/
https://www.significados.com.br/

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Unidade Astronômica

         Uma unidade astronômica (UA) é definida como a distância média entre a Terra e o Sol, o que equivale a aproximadamente 150 milhões de quilômetros (149.597.870,7 km). Este valor é uma medida padrão amplamente aceita para descrever distâncias dentro do Sistema Solar. 


        Esta distância equivalente a 499 segundos-luz, ou seja, à distância percorrida pela luz no vácuo em 499 segundos. Portanto, são 8 minutos e 19 segundos (8m19s) para que a luz proveniente do Sol percorra 1 UA  até atingir a Terra.




COMPLEMENTO

Velocidade da Luz
  • A velocidade da luz é de aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo;
  • A luz é uma onda eletromagnética que pode viajar sem um meio material e a velocidades muito altas;
  • Quando vemos um relâmpago, o clarão ocorre antes do trovão porque a luz é mais rápida que o som.
Velocidade do Som
  • A velocidade do som atinge cerca de 340 metros por segundo (aproximadamente 1224 quilômetros por hora);
  • O som é uma onda mecânica que precisa de um meio material (como o ar) para se propagar;
  • Quando ouvimos o trovão após um relâmpago, é porque a velocidade do som é muito menor do que a da luz.



quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O Tempo Geológico da Terra


        O tempo geológico da Terra refere-se à escala de tempo utilizada pelos geólogos para descrever os eventos e processos que ocorreram ao longo da história do nosso planeta. Essa escala abrange desde a formação inicial da Terra até os eventos mais recentes, e é dividida em várias unidades de tempo que refletem diferentes períodos e eventos geológicos significativos. Aqui estão os principais componentes do tempo geológico:
  1. Eras Geológicas: A escala de tempo geológico é dividida em eras, que representam grandes intervalos de tempo na história da Terra. As principais eras geológicas são o Pré-Cambriano, Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico. Cada era é caracterizada por eventos geológicos específicos e pela evolução da vida na Terra.
  2. Períodos Geológicos: Cada era é subdividida em períodos, que representam intervalos de tempo menores dentro das eras geológicas. Por exemplo, o período Paleozoico é dividido em períodos como o Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano.
  3. Épocas Geológicas: Alguns períodos geológicos são subdivididos ainda mais em épocas, que representam intervalos de tempo ainda menores e são usados para fornecer uma resolução mais detalhada da história geológica da Terra.
  4. Eventos e Mudanças Geológicas: Durante o tempo geológico, a Terra passou por uma série de eventos e mudanças significativas, como extinções em massa, formações de montanhas, movimentos tectônicos, mudanças climáticas e evolução da vida.

Fósseis e Estratigrafia: Os geólogos utilizam fósseis e a estratigrafia (o estudo das camadas de rochas) para datar e correlacionar eventos geológicos ao longo do tempo. Os fósseis fornecem evidências da evolução da vida ao longo das eras geológicas, enquanto as camadas de rochas podem ser usadas para determinar a sequência dos eventos geológicos.

        
        Em resumo, o tempo geológico da Terra é uma ferramenta fundamental para os geólogos entenderem a história do nosso planeta, desde sua formação até os eventos mais recentes, e é crucial para reconstruir a evolução da vida e dos processos geológicos que moldaram o mundo em que vivemos hoje.

ASSISTA O VÍDEO A SEGUIR PARA ENTENDER MAIS...
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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Mapa Altimétrico do Estado de São Paulo


 

Pangeia

        Pangeia é o nome dado ao supercontinente que existiu há cerca de 335 milhões de anos até aproximadamente 175 milhões de anos atrás, durante a era Paleozoica e Mesozoica da história da Terra. O termo "Pangeia" foi cunhado pelo meteorologista alemão Alfred Wegener em 1912, que propôs a teoria da deriva continental para explicar a movimentação dos continentes ao longo do tempo geológico.

Separação dos continentes, a partir do supercontinente Pangeia
explicado pela teoria da Deriva do Continentes.

        A Pangeia era uma massa terrestre massiva que abrangia quase todos os continentes conhecidos hoje, incluindo a América do Norte e do Sul, Europa, África, Ásia e a Antártica, todos agrupados em uma única massa de terra. As evidências da existência da Pangeia incluem semelhanças geológicas entre os continentes, como a correspondência de formações rochosas, fósseis de plantas e animais semelhantes encontrados em diferentes continentes, e padrões de distribuição de certas espécies.

CLICK AQUI PARA ASSISTIR UMA UMA PEQUENA SIMULAÇÃO 👈

        Durante o período Triássico, a Pangeia começou a se fragmentar devido ao movimento das placas tectônicas sobre o manto terrestre. Este processo de separação deu origem à formação de novos continentes e oceanos, em um fenômeno conhecido como deriva continental. A Pangeia se dividiu em dois supercontinentes principais: Laurásia, que incluía a América do Norte, Europa e Ásia; e Gondwana, que compreendia a América do Sul, África, Antártica, Austrália e a Índia.

Nesta representação, visualizamos a hipotética disposição dos países
atuais sobre mapa da antiga Pangeia.

        A teoria da Pangeia e da deriva continental revolucionou a compreensão da geologia e da história da Terra, fornecendo uma explicação para a distribuição dos continentes e dos oceanos e evidenciando a dinâmica constante do planeta ao longo de milhões de anos. A compreensão da Pangeia também tem implicações significativas para a biogeografia, paleontologia e outras áreas das ciências da Terra.




PARA SABER MAIS, ASSISTA O VÍDEO A SEGUIR.
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NO PRÓXIMO VÍDEO, VEJA ALGUMAS SIMULAÇÕES REALIZADAS
BASEADAS NO COMPORTAMENTO DO MOVIMENTO ATUAL DAS
 PLACA TECTÔNICAS, TEORIZANDO DE COMO SERÁ A DISPOSIÇÃO DOS CONTINENTES DAQUI A 200 MILHÕES DE ANOS, OU SEJA,
O FUTURO DA TERRA.
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Mapa - Pangeia

 

Astroblema

        Um astroblema é uma depressão ou estrutura geológica formada na superfície terrestre como resultado do impacto de um meteorito, asteroide ou cometa. Esses impactos de corpos celestes podem causar grandes danos e deixar marcas significativas na crosta terrestre. Quando o meteorito atinge a superfície da Terra, a energia liberada pelo impacto é tão intensa que pode derreter rochas e criar uma cratera.

A Cratera de Barringer, no norte do Arizona, Estados Unidos, possui aproximadamente
 1,2 quilômetros de diâmetro e cerca de 170 metros de profundidade. Formada há cerca de
50 mil anos durante o período Pleistoceno, a cratera resultou do impacto de um meteorito
 de ferro de aproximadamente 50 metros de diâmetro e com uma massa estimada em
 cerca de 300 mil toneladas. O impacto ocorreu a uma velocidade de mais de 70 mil
 quilômetros por hora, criando uma enorme explosão que gerou uma onda de choque
 e calor intensos, vaporizando rochas e criando a cratera. É uma das maiores e mais
 bem preservadas crateras de impacto de meteorito do mundo.

        Os astroblemas podem variar em tamanho e forma, dependendo do tamanho do objeto celeste que os causou e das características geológicas do local onde ocorreu o impacto. Alguns astroblemas são pequenos e apresentam apenas uma leve depressão na superfície, enquanto outros são grandes e possuem estruturas mais complexas, como anéis concêntricos e montanhas centrais.

        Essas estruturas podem fornecer importantes informações sobre a história geológica da Terra e sobre os eventos catastróficos que ocorreram ao longo de milhões de anos. Além disso, os astroblemas são frequentemente estudados por cientistas para entender melhor os impactos de corpos celestes e os efeitos que podem ter tido na vida e no ambiente da Terra.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

O Domo de Araguainha

        A Cratera de Araguainha ou domo de Aragauinha é uma das crateras de impacto mais bem preservadas e mais antigas do Brasil. Ela está localizada no estado do Mato Grosso, na região Centro-Oeste do país. A cratera foi formada há aproximadamente 254 milhões de anos, durante o período Permiano, quando um grande meteorito colidiu com a Terra. É a maior cratera de impacto da América do Sul e a 15ª maior do mundo.
        As crateras de impacto, também conhecidas como astroblemas de meteoritos, são estruturas geológicas relativamente raras em nosso planeta Terra. Atualmente, apenas cerca de 200 delas são conhecidas, distribuídas pelos cinco continentes. Este número é consideravelmente baixo se comparado aos encontrados em outros satélites e corpos planetários, como a Lua, Marte, Vênus e Mercúrio.
        Isso ocorre por um motivo específico: as crateras de meteoritos na Terra não são preservadas ao longo do tempo geológico. Devido à intensa atividade geológica em nosso planeta, os registros desses impactos são constantemente apagados da superfície terrestre pela ação da erosão, transporte e deposição de sedimentos, movimento das placas tectônicas, entre outros processos.

A cratera de Araguainha vista por satélite
REPRODUÇÃODO SATÉLITE LANDSAT/ETM

        A cratera de Araguainha tem cerca de 40 quilômetros de diâmetro e é classificada como uma cratera de impacto complexa, o que significa que seu formato foi significativamente alterado por processos geológicos posteriores à colisão. Ela é cercada por montanhas que se elevam em torno de sua borda e apresenta uma série de estruturas geológicas interessantes, como anéis concêntricos e depósitos de impacto.
        Estudos geológicos e paleontológicos realizados na cratera de Araguainha revelaram importantes informações sobre os efeitos de impactos de meteoritos na Terra, bem como sobre a vida e o ambiente na época em que ocorreu a colisão. Além disso, a cratera é uma atração turística para os interessados em geologia e história natural, proporcionando oportunidades para estudiosos e visitantes aprenderem mais sobre os processos que moldaram o nosso planeta.
        Existem algumas crateras de impacto em toda a América do Sul temos indicados no mapa abaixo 09 delas localizadas no Brasil: Domo de Araguainha (GO-MT), Serra da Cangalha, Nova Colinas e Riachão (MA), Vargeão (SC), São Miguel do Tapuio e Santa Marta (PI) , Vista Alegre (PR), Cerro Jarau (RS). Outras duas crateras importantes estão localizadas na Argentina (Campo del Cielo e Rio Cuarto) e uma terceira no Chile (Monturaqui).


        No estado de São Paulo temos as crateras de impactos de Colônia e de Piratininga.

Entre 5 e 36 milhões de anos atrás, um asteroide ou comenta se chocou violentamente com
o solo num ponto onde hoje fica a região de Parelheiros, na zona sul da cidade de São Paulo.
O impacto abriu uma cratera de 3,6 quilômetros de diâmetro, com cerca de 300 metros
de profundidade e uma borda soerguida de 120 metros.



Saiba muito mais sobre o DOMO DE ARAGUAINHA ....AQUI 👈







domingo, 4 de fevereiro de 2024

Nação, Estado e Governo.

        Não confunda estes conceitos:

Nação: Refere-se a uma comunidade de pessoas que compartilham características comuns, como cultura, língua, história e valores. A nação é um conceito mais cultural e social do que político. É uma identidade compartilhada e muitas vezes transcende fronteiras políticas. A nação é mais centrada na comunidade, no povo. Um exemplo notável é a nação Yanomami, onde as pessoas compartilham uma cultura, idioma e história comuns. Nesta caso os yanomamis vivem em uma área que abrangem dois Estados sul-americanos: o norte do Brasil e o sul da Venezuela.

OBS: É importante dizer que existem nações sem países como os curdos (sem território reconhecido e sem unidade governamental), palestinos (sem Estado reconhecido, somente com território em) , ciganos (não têm um território específico ou um governo soberano).

Estado: É uma entidade política organizada com autoridade sobre um território definido, população e governo. É comumente chamado de país, porém está mais relacionado ao território de um Estado. O Estado possui instituições governamentais, um sistema legal, e é reconhecido internacionalmente. Pode incluir uma ou várias nações. Por exemplo, o Estado brasileiro abrange diversas nações indígenas que coexistem dentro de suas fronteiras.

Governo: Refere-se à estrutura e às pessoas que exercem autoridade e tomam decisões em um Estado. O governo é uma parte do Estado e é responsável por administrar as políticas, as leis e os recursos. Pode mudar ao longo do tempo, através de eleições ou outros processos, enquanto o Estado permanece como uma entidade contínua.

        Portanto, podemos dizer que a nação é mais relacionada ao povo, enquanto o Estado é mais associado ao território e à organização política, e o governo é a instância que administra o Estado. Essas distinções ajudam a entender melhor as diferentes dimensões envolvidas nas estruturas sociais e políticas.

E O BRASIL?

O conceito de Estado-nação é uma entidade política em que a nação
(um grupo de pessoas que compartilham características comuns,
como cultura, língua, história e valores) coincide com as fronteiras
geográficas do Estado (uma entidade política organizada com
autoridade sobre um território definido, população e governo).
Em outras palavras, em um Estado-nação, a maioria dos cidadãos
 compartilha uma identidade nacional comum, e o Estado é organizado
 para representar e atender principalmente a essa nação. As instituições
 do Estado, a língua oficial, a cultura predominante e as políticas públicas
 geralmente refletem a identidade da nação predominante.


        No entanto, é importante observar que, na prática, muitos países como o Brasil, têm populações diversas e plurinacionais, e o conceito de Estado-nação não se aplica a todos os contextos.
        No contexto brasileiro, é adequado dizer que somos uma nação formada por um diversidade de nações (povos e culturas), um estado específico (território definido e reconhecido internacionalmente) e dirigido politicamente ao longo do tempo por governos eleitos pelo povo periodicamente.

No Brasil, qual a diferença entre Estado e estado-membro?


        Ao usar o termo “Estado” é importante não confundi-lo com os estados-membros da Federação Brasileira como São Paulo, Minas Gerais, Amazonas ou Pernambuco. Os estados-membros não deixam de ser “mini Estados”, mas uma parte de sua autonomia é delegada ao governo central, chamado de União, que é o Estado-soberano. No geral, o estado-membro será referido somente como estado (com inicial minúscula), enquanto que a instituição jurídica que caracteriza o Estado-soberano é chamado de Estado (com inicial maiúscula).